30 novembro 2009

eu quero tanto.........

Quero viver um grande amor.
Daqueles que nos fazem sentir cheios por dentro e com energia para jogar à bola com o mundo.
Quero viver uma paixão que me arrebate, que me transforme e sobretudo que me liberte.
Quero um amor livre e independente, sem jogos, sem esperas, sem mal entendidos.
Quero fazer faísca com alguém, quero que alguém me aceite e me ame em todas as personagens que sou, em todos os eus que me habitam.
Quero um amor sincero, cru, directo.
Quero um amor com magia, carinho e com coisas românticas e pirosas.
Quero acordar muitas vezes ao lado dessa pessoa.
Quero rir-me com ela. Quero chorar com ela e quero poder chorar nos braços dela.
Quero uma casa e quero viajar. Quero ir e voltar tantas vezes quantas eu quiser. E quero que ele vá e volte as vezes que quiser também.
Quero gostar do cheiro da sua pele e do seu cabelo.
Quero gostar do seu toque e dos seus beijos.
Quero me apaixonar sem ter medo.
Quero que me amem sem ter medo também.
Ou se o medo existe que seja uma coisa falada a dois.
Quero comunicar de todas as formas que sei.
Quero que me procure e me surpreenda.
Eu queria, eu quero, tanto mas tanto tanto um amor assim......

Uma história exemplar

29 novembro 2009

para a múltipla do post abaixo


Estou apaixonada

e não sei como chama nem onde vive. Mas adormeço e acordo com a cabeça e o coração nessa pessoa.
O amor tem mais formas do que a imaginação pode inventar.

27 novembro 2009

vou-vos contar o momento mais estúpido do meu dia

Perguntaram-me o que precisava para trabalhar.

Respondi: canetas, marcadores e lápis.

Acabei de assinar um papel em como, quase por minha honra, declarei ter recebido:

- 1 caneta azul;
- 1 caneta preta;
- 1 marcador azul e
- 1 lápis.

com indicação da referência de cada qual....

Se perder 1 caneta azul da 1 caneta azul que tenho, será que me vão tirar do ordenado?

Nos rascunhos

estão uns textos tão jeitozinhos, benza-os deus, que me dá umas ganas de os pendurar por esta parede fora. As meninas importavam-se muito?

já disse

Que esta imagem é uma delicia?

26 novembro 2009

"Act the way you like to be and soon you'll be the way you act"


Bob Dylan

Quero ter gripe

A última vez que tive uma foi em 1997. Tenho saudades de uma gripe movida a chás e aspirinas.

25 novembro 2009

Abstinência

Primeiro forams os namorados e os amores. Abstinência, disse ela. Os dias encheram-se de minutos só seus, minutos e horas em que não precisava de negociar e saber e decidir como quando e porquê haveria de estar com a outra pessoa. Deitou-se ao comprido nesses minutos e horas e dias, esticou braços e pernas para sentir todas as migalhas do novo tempo, por baixo do pé esquerdo as manhãs de sábado enrolada na cama sozinha, o polegar direito encostado na noite de domingo à beira de uma semana  por estrear, o mindinho esquerdo por cima de um pedaço cheio de horas sem telefonemas nem relatórios do dia. Gostou tanto da abstinência que decidiu deixar de beber café. Passadas as dores de cabeça iniciais, mergulhou numa alienação encortiçada, separada do mundo por uma gaze fina que coava sons palavras e cheiros. Esta forma gasosa de viver tornou-se o seu vício. Talvez a seguir decida deixar de respirar.

É pro menino e prá menina

A segunda vida é um sítio estranho. Bonecas e bonecos passeiam-se por sítios incríveis ou comuns  - praias, réplicas de bocados do mundo, planetas distantes e tudo o mais que se queira imaginar. Bonecas e bonecos conversam, interagem, tornam-se amigos, viajam juntos, riem-se, zangam-se, fazem sexo, apaixonam-se, casam-se, têm filhos. No meio disto tudo está o sexo, não aquele que se faz mas o que temos entre as pernas e nos torna homens ou mulheres do outro lado do ecrã. Nem sempre o sexo que temos sentados ao computador é igual ao que o nosso avatar tem na segunda vida. Com o tempo, aprendi que esse sexo importa pouco, muito menos do que poderia imaginar. Na segunda vida, não há rótulos que sirvam quando tudo pode ser mentira e verdade ao mesmo tempo. Ali, homens e mulheres são apenas desenhos que se cruzam comigo, desenhos com pessoas dentro agarradas à liberdade de ali serem o que lhes der na gana.

24 novembro 2009

Eu postava aqui um vídeo

se soubesse ir buscá-lo ao YouTube. Em não sendo possível, fica o link daquela que é uma das minhas preferidas dos Beatles:

http://www.youtube.com/watch?v=96YQdiMV-Jc


A bem da verdade, gosto de tudo o que os rapazes fizeram.

Há amores que duram para sempre

O meu pelos Beatles, por exemplo.

22 novembro 2009

Quantas horas tem um mês?

O meu coração dispara!
De repente sinto-me empurrada de encontra a parede e penso, Onde é que andas?
Onde raio é que tu andas, que não te vejo há tantas, tantas, tantas horas.
Tantas horas que faz quase um mês.
Quantas horas tem um mês?
24x trinta e.... não interessa, não me interessa para nada.
Sinto uma espinha dura enorme cravada na garganta, e começo a procurar-te por todo o lado, pelas ruas, pelos bares, nos eléctricos, pelas pontes e debaixo delas, à beira do rio, em cima das árvores onde os corvos gritam aos meus ouvidos e percorro todas as caras uma a uma na esperança de ver a tua cara na cara de alguém.
Por momentos penso: se alguém repara no desespero que levo entre os braços como se fosse uma criança, o que vão pensar? mas lembro-me que aqui ninguém repara, aqui ninguém repara nessas coisas, aqui não nos olham nos olhos, aqui está-se abandonado, aqui definha-se devagar como uma árvore seca numa tarde de inverno, o que faz aumentar ainda mais a minha angústia, o que me faz ser ainda mais forte na minha solidão.

Não penso em nada, não penso se estás morto, se estás com outra pessoa, se não pagaste a conta da luz ou do telefone, se não tens moedas no bolso ou se simplesmente desapareceste.
Procuro-te.
Simplesmente procuro-te nos sítios mais improváveis, como o bar em que nos vimos pela primeira vez já depois de nos conhecermos, ou no manto de folhas secas que cobrem a pequena ilha de onde te escrevo...

Terapia Domingueira. Melhor filme e serie por categorias.

Querem fazer-me companhia, múltiplas?(Ok, é tremendamente difícil. Pronto, dois por categoria.... Pronto, tá bem, também podem acrescentar mais categorias.)

Drama: Once upon a time in America, Transamerica
Acção: The 13th warrior, Heat
Guerra: Looking for private Ryan, Schindler's list
Biografia: Bird, Ed Wood
História de amor: The bridges od Madison County, Cinema Paradiso
Thriller: The hitcher, Memento
Terror: The others, Signs
Comédia: Manhattan murder mystery, Snatch, Pulp fiction (ooops)
Ficção científica: Star Wars (todos), Aliens I,II,III e IV
Filme independente: Bagdad caf'é, Coffe and cigarettes

Série de televisão comédia: Seinfeld, That 70's show
Série de televisão policial: Damages, Monk
Série de televisão drama: Band of brothers, Mad men
Série de televisão acção: Lost, Prison Break

Ripley, "Aliens"

"You've been in my life for so long, I can't remember anything else.".

Dez

Décimo dia sem fumar. Às vezes tenho saudades de que era com um cigarro na mao.

O que me vale

O que me vale aos fins de semana
é o teu amor provinciano e bom
para ele compro bonbons
para ele compro bananas
para o teu amor teu amon
tu tankamon meu amor
para o teu amor tu te flamas
tu te frutti tu te inflamas
oh o teu amor nao tem com
plicaçoes viva aragon
morram as repartiçoes

Manuel António Pina

20 novembro 2009

Ouro

Apetecia-me pintar as paredes cor de ouro. Como não posso, penduro aqui estes dourados artistas.

19 novembro 2009

Juan Carlos Murrilo - O messias dos animais

Ao ver os telejornais, no meio das tragédias naturais, como os furacões, os tsunamis ou os terramotos e no meio das tragédias fabricadas por esta raça estúpida que é a humana, como a guerra por exemplo, sempre me perguntei, se haveria alguém destacado para se preocupar e tentar salvar os animais que ficavam para trás e hoje, ao folhear a revista "Sábado" descobri Juan Carlos Murrilo. Com o curso de veterinária e a trabalhar com a WSPA desde 1999, Juan Carlos percorre o mundo com o único intuito de salvar animais perdidos nas tragédias ou de resgatá-los da maldade dos homens.
Entre outras aventuras, já conseguiu resgatar dois golfinhos duma piscina imunda na Guatemala, depois de os tratadores os terem abandonado à sua sorte para morrerem, depois de ter sido ameaçado de morte pela polícia, com uma pistola na boca, para largar os golfinhos com base nos milhares de euros a que o preço dos golfinhos pode chegar no mercado negro. Já salvou camelos e cavalos, vítimas das minas e balas perdidas, durante a guerra no Afeganistão, salvou cães, gatos, crocodilos, elefantes e toda a espécie de animais, praticamente em todo o mundo.
Apesar de ser um nome nunca falado nas notícias, bem como o dos seus colegas, estas pessoas existem, destacadas para estas missões. Talvez seja a maldita susceptibilidade humana que os impeça de serem falados.
Uma vez, estava eu a dar comida a um grupo de gatos de rua, completamente esfomeados, passa uma senhora que resolve dizer, alto e bom som: "Com tantas crianças a morrerem de fome e a desperdiçar comida com estes bichos".
A mesma atitude e ignorância besta se repete constantemente noutras situações do dia a dia, onde o objectivo é sempre destacar a nossa raça como superior e a mais digna e prioritária em todos os momentos.
Talvez seja esta maldita susceptibilidade, esta arrogância suja.

17 novembro 2009

..

Numa manhã fria de Inverno um corpo, como se fosse um bibelot de cristal, caiu do cimo de um prédio de cinco andares.
A queda foi de uma doçura agonizante com se fosse uma pena que caía em câmara lenta a ondular, a rasgar devagarinho o ar gélido daquela manhã.
À medida que o corpo descia ia-se tornando mais transparente, mais rígido, mais imóvel.
Quando tocou o chão era já uma camada muito fina de vidro, delicado como um cristal da bohemia.
O contacto com o chão fê-lo partir-se em mil pedacinhos, tão pequenos que só se notavam porque derretiam o gelo que tocavam.
Do cimo do telhado ela olhava para o espectáculo por si provocado.
Como fora capaz? Outra vez? Mais uma vez? Porquê?

O ar contraiu-se e um bando de corvos rasgou o céu na sua direcção com grasnares quase humanos.
Correu, correu pelo prédio abaixo com desespero, tropeçou num tapete, bateu com força no varão das escadas com a sua coxa direita, e foi à procura de si no meio da neve que se ia acumulando no passeio.
De joelhos tentou recuperar todos os pedaços que encontrava, muitos ao toque cortavam-lhe os dedos deixando pequenas manchas vermelhas na neve branca.
Os corvos juntaram-se e cada um por si bicava os bocadinhos de vidro que ia encontrando.

Do cimo do telhado olhava para si com uma impavidez impenetrável, estática, fria.
Uma lágrima caiu na sua bochecha.
Olhou para o céu e reparou que estava limpo, sem nuvens, azul, luminoso.
E estava lá, a olhar para si cá em baixo no cimo do telhado.

Essa sim, chorava ..

Confissão

Mais de um ano passou desde que aterrei na segunda vida. Houve alturas em que me aborreci e desapareci do mapa durante semanas e semanas, houve momentos em que lá vivi horas de seguida. Fui quase sempre uma sem-abrigo, deixava a minha boneca a dormir não importava onde. Fui quase sempre uma pelintra, a viver de tudo o que era grátis. Mas houve uma altura em que isso mudou. Por muito incompreensível que seja  para quem se fica pela primeira vida - e foi incompreensível para mim durante muito tempo - um dia comprei lindens, o dinheiro desta outra vida. E, pela primeira vez, pude fazer todas as extravagâncias que antes apenas podia imaginar. Por oito euros, a minha boneca ficou rica e o inventário dela agigantou-se. Roupas, sapatos, peles, olhos, pestanas, magníficas e supérfluas inutilidades que me levaram a brincar outra vez às barbies. E atrás dessa enorme mudança (como fui capaz de pôr oito dólares num mundo que só existe a brincar?) vieram outras pequenas mudanças. Por muito que quisesse fazer do meu avatar uma pessoa inventada, descobri que ele voltava uma e outra vez a mim. Aquela boneca não é afinal uma boneca. É um desenho animado de mim, num jogo que não é um jogo, mas sim uma sala de espelhos onde nada se esconde e tudo se reflecte.

Rebaldaria

Gosto de chegar aqui e encontrar sempre cores e imagens diferentes, nunca saber ao certo ao que venho e aterrar surpreendida no que encontro. Mas de repente está tudo marado, a rebaldaria instalou-se. Bitaites nos comentários? Tentei uma tentei duas tentei três vezes e não consigo tirar aquela palavrinha irritante dali. Vou ali buscar o martelo pneumático e já conversamos.

Para que conste

16 novembro 2009

socorro

distraí-me e agora não consigo ver o template antigo...

Pela vossa saúde mantenham a distância

Quarto dia sem fumar. Hoje mordo.

14 novembro 2009

era um porto...


Recentemente resolvi comprar os dvds do marco para mostrar à minha filha e recordar a série que me tinha presa à televisão sofrendo pelo miúdo que não encontrava nunca a mãe. Não tinham passados 10 minutos do primeiro episódio e já estava eu a correr para a casa de banho, a chorar convulsivamente, carpindo memórias que pensava esquecidas , perante o olhar espantado da minha filha. Ao terceiro episódio lá recuperei e comecei a seguir a história. É curioso, quando era miúda não tinha reparado que o Marco tinha de trabalhar para sobreviver, de que bebia vinho, de que era um miúdo que além de ir à escola tinha de trabalhar em casa para poder ajudar a sua família e que tal como muitos outros, estava separado da sua mãe porque esta teve de imigrar para poder ganhar dinheiro para a família. Nem que queria ser médico quando fosse grande nem que às vezes parecia um homem pequenino e não um menino se não fosse pelo seu macaquinho, que era quem dava à sua vida as travessuras e as macacadas próprias das crianças.

Não será talvez para 2015, mas oxalá que um dia, quando daqui a uns anos a minha filha mostrar o dvd do marco aos seus filhos, lhes possa contar sem desmentir as estatísticas: ainda bem que agora as coisa já não são como no tempo da avó e dos bisavós e dos trisavós. Agora, são quase nenhumas as crianças no mundo que passam fome, frio, vão à guerra, são separadas dos seus pais, que têm de trabalhar. Agora, as crianças dedicam-se a aprender as suas coisas da escola, dedicam muito tempo à pintura, às artes e ao desporto e ajudam as pessoas adultas e as mais velhas a não se esquecerem como é bom ser feliz com coisas simples.

13 novembro 2009

Finalmente,

A Candy, Candy!
Depois de dúvidas sobre o enredo apaixonante do romance (qualquer coisa como "estava apaixonada por um belo rapaz loiro, de seu nome francisco, acho, que caiu de um cavalo e ou morreu ou ficou paralítico! Depois havia um morenaço que era mau, mas que depois era bom e por quem ela descobriu o verdadeiro amor. Ou era ao contrário, já não sei. Ela acabou outra vez no orfanato - acho que como directora - e ganhou a corrida de subir à árvore especial! Fim"), a nossa D. Ester informou-nos de que o seu apaixonado afinal era "o António suas incultas. A candy candy estava apaixonada pelo António. Havia uma cena pungente no meio de uma tempestade ou intempérie ou qq coisa, com ela a gritar "Antóooooooonio" e ele "Candyyyyyyyyyyyyyyyy"".
Era tão bom que parece que andou tudo à bulha por causa dos copyright.
Pedimos à nossa múltipla versada em caracteres a gentileza de encontrar no único site oficial - http://lakewood.srv7.biz/ - a caixinha onde se possa rever pelo menos o genérico...

11 novembro 2009

Semântica

Hoje aprendi que não nos devemos pronunciar negativamente. Sugerem-me que se não gostar de uma pessoa, de um restaurante, de uma peça de roupa, de uma proposta comercial ou mesmo de um espectáculo que não o/a devo denegrir, mas ao invés abster-me de o comentar.
Se algo for mesmo bom, devo tecer-lhe elogios, baseados em factos objectivos.
Mais, se algo for ou estiver bonzinho', apenas devo comentar que 'tem potencial'.
E um frasquinho de vaselina, vai?

Isto não é um cachimbo

10 novembro 2009

Isto não é uma crise existencial


A facção católica deste blog declara que, a partir de agora, o Antigo Testamento é que reina. Olho por olho, dente por dente. Acabou a Caridade, o Amor ao próximo, o “Senhor, perdoai-Lhes pois não sabem o que fazem” e o dar a outra cara. Agora, é tudo à biqueirada!
Ah e tal, o confessionário é uma forma de castração. Porreiro, vai ter com os outros que matam à pedrada adúlteros e homossexuais e que até são muito engraçados e muito culturalmente diferentes e reza a Deus para que nunca caias em tentação. Ah e tal, tenho a certeza que JC teve filhos com Maria Madalena. Pois, e então porque é que não deixas de fazer uma escapadela de 3 dias na Páscoa e, tal como Buda, fosses ***** ***** debaixo da figueira - sim, porque EU tenho a certeza que ele fez isso - hum?? Ah e tal, a Inquisição foi um horror. Pois foi, mas já te ouvi negar o Holocausto que foi bem pior. Ah e tal, os Santos eram todos uns hipócritas. Então, deixa de ir festejar os Santos, também não te percebo! Ah e tal família é como o Natal, é como e quando o Homem quiser. Ai é? Então vai lá trabalhar no dia 24 e 25 de Dezembro em vez de arrotares dentro da soquete nova que recebeste de presente e deixa-me festejar a Família que tem mãe, pai e filhos. Ah, és católica?!... Que engraçado... Pois é engraçado é, tenho a Alegria de saber que Ele me ama incondicionalmente (o que é lixado é que talvez te ame a ti também, apesar de seres um vermezinho absolutamente patético de tão perdido na sua pseudo plenitude-individual e incapacidade de ouvir, perceber ou respeitar - embora fiques com a boca seca de tanto pregar isso ao vento - e sem nenhum outro destino maior que umas larvazinhas nojentas no meio da terra). Ah e tal, mas preservativo no nariz do Papa é só a liberdade de expressão de uma sociedade multicultural e civilizada que deve ser mantida a todo o custo!! Pois é, e esta singela bomba que te deixo é só uma modesta expressão do meu apreço pelo teu respeito.

mudança a bombordo

enquanto pirata pirateia pirata, folgam as costas.

Ver aqui um curto documental sobre a pirataria no Quénia:

http://www.diagonalperiodico.net/Una-vision-distinta-de-los-piratas.html

Perfumes



Morreu aos dezassete anos e desde então dizem que se podem sentir os perfumes da Sãozinha, manifestação da sua presença e das graças que trata de obter para os que a invocam.

desejo

Há 20 anos caiu o muro de berlim. Há pouco mais de 20 anos (cof cof) nasceu quem perante o riso geral utiliza as palavras para ajudar a derrubar pedras de muros que teimam em resistir-se e com elas construir redes prazenteiras. Que te divirta cada pedra que transformes.

09 novembro 2009

Havia ela e havia ele.

Havia ela e havia ele.
Os caminhos eram os mesmos, mas com o “delay” do desencontro que só acontece porque o encontro quase se deu.
Ele esteve lá, ela esteve lá passados 5 meses.
Ela esteve noutro sítio e ele no dia seguir.
Ele conheceu alguém que ela conhecera na semana anterior.
Ele chamou-a e ela só o ouviu meia hora depois.
Ela chamou-o mas ele só a ouviu no dia seguinte.
Eles foram ao mesmo concerto mas um estava à frente e o outro mais atrás.
No supermercado escolheram o pão da mesma fornada e tiraram maçãs da mesma caixa mas não se viram.
Eles dançam a dança dos desafinados que só se afinam quando por milésimos de segundo se raspam de olhar, se dão um encontrão e seguem, com o olhar vazio de quem procura e sabe o que é mas não vê.
Ele e ela estão juntos e seguem separados.
E estão separados mas seguem juntos.
Às vezes ele é ela e às vezes ela quase que é ele.

an image a day

takes the doctor away...

ver mais aqui

fim do dia

imagem retirada deste post

Por falar em astros, mágicos, bruxos e prestidigitadores

08 novembro 2009

Ter um cão



Para a sem-se-ver que, a propósito disto, disse que 'a ter, só um cão'.

Concentrar


Já entrei em estágio. Amanhã é que é.

07 novembro 2009

Crónicas do mundo virtual





(todos os nomes foram alterados para preservar a identidade dos avatares, menos o meu que me atiro assim para a frente, sem pejo nem pudor, à leoa)

E o meu nome é Zepp Writer. Decidi que, durante uns tempos vou ser uma private investigator à paisana, com o único objectivo de vos trazer pequenas mas sempre belas crónicas passadas neste mundo, aqui no Second Life, onde se joga um jogo que é tudo menos um jogo.

E hoje, não menos que um directo da região de Lisboa Portugal, praça do comércio, onde acontece esta festa maravilhosa, neste momento exacto, ao som do Creep dos Radiohead. E agora, vocês podiam pensar, ena! Os gajos fazem festas e tudo ali. Pois é, aqui em Lisboa há sempre festa todos os dias, na falta de brainstormings que produzam ideias melhores.

Para vocês saberem, aqui no sl existe um chat público escrito, um chat privado, para quem assim deseje e precise, também escrito, e ainda a possibilidade de falar no voice chat, com microfone, publicamente para todos ouvirem.

Neste momento, alguém grita no chat público: "Apaguem o fogo do chapéu da Zepp!"
"Grande som!", grita outro, que adora Radiohead, nem sei bem porquê, que a mim, para além do Creep, me dão sempre vontade de querer atirar um boião de gasolina para cima e acender um fósforo.

As pessoas cumprimentam-se entusiasticamente umas às outras, excepto o Gamba Aleatória que todos sabem, nunca fala com ninguém nem abre a boca a não ser para falar em privado, onde exige sempre comprovativo de género ao avatar do interlocutor, através de foto ou câmara, com medo de estar a falar com um avatar masculino mascarado de fêmea, o que a bem dizer, por aqui há muito, verdade seja dita, e vice-versa também, claro. Mas o Gamba Aleatória, que é muito homem, não vai cá nessas brincadeiras e põe-se sempre a pau.

Mas os meus olhos fogem na direcção dum avatar magnífico ali ao canto a falar com a ruivaça. É uma pena que aqui, nesta região, na generalidade das vezes, os avatares magníficos não possam abrir a boca sem sair asneira.

No outro dia, apanhei um, também magnífico, e curto diálogo entre dois avatares. Ele, mostrava-se fascinado com a avatar feminina que o olhava dengosamente, a piscar uns belos olhos azuis neon. Falavam no voice, em vez de escreverem o que é sempre mais divertido porque se tem acesso á entoação.
E dizia ele: Mas tu és uma gata! Eu adoro gatos!
E remata ela, prontamente: Miaaauuu....

Apanho assim de raspão, outra conversa no chat público. "Não posso divorciar-me logo!" diz o Pepperoni Fantastic. "Tem de ser com calma"

E pronto, meus amigos e amigas (agora ficava aqui bem a voz do Júlio Isidro), foi a crónica possível aqui neste mundo longínquo, onde a festa ainda tá para durar, neste momento com "The power of love" do Hewie Louie and the news, mas por mim, estou farta desta festa.

Sigo agora para um bar numa região americana, chamado Toby's juke joint blues club, onde a música é do melhor para quem gosta do género como eu. Está cheio de gente a dançar, alguns sentados no bar. Está a passar Muddy Waters neste momento. Acabei de passar uma cópia do meu chapéu ao Georgie Gabardini que meteu logo conversa comigo, encantado: " hi - nice fire - any chance i can get a copy of the script?"
(Decidi que aqui, nesta região,não vou alterar os nomes aos avatares. Se me sai algum que saiba ler português e adore o oito, estou tramada, mas esta é a vida dum private investigator à paisana, sempre no risco!)

Aqui me fico, por hoje, que isto já vai longo. Mais crónicas se seguirão nos próximos dias. Fiquem bem.

06 novembro 2009

Ter um gato


Uma história do Simon's cat, de Simon Tofield.

Forever, never

À pergunta "Não terá sido o presidente a despedir Paulo Bento?", Bettencourt respondeu:

"Eu? Nunca! Never!"

Finalmente o Sporting tem um presidente que pode ombrear com Luís Filipe Vieira. Mais bem vestido, mas do mesmo nível.

Só nos livros

Quando lia as histórias do Mandrake dava por mim a invejar a sorte da Narda. Nunca encontrei um homem que me fizesse levitar.

com tranquilidade

a minha alma está de luto hoje.
adeus mister.

05 novembro 2009

ouvir-te

Ouvir-te triste faz o meu coração ficar mais pequenino.
Ouvir-te triste e não te poder tocar faz-me sentir atada pelas mãos, pelos pés e pelos braços.
Ouvir-te dizer que te faço falta e não te poder cobrir de beijos faz-me inútil.
Ouvir-te dizer que te faço uma pessoa melhor faz-me suspirar por aquilo que somos juntos.
Queria estar aí contigo.
Quero estar aqui.
A distância é um abismo que se tenta preencher com palavras, com sons, com imagens, com mensagens, com amor.
A distância é um buraco negro que, como se fosse uma colagem, devagarinho se preenche com o passado, com o que cada um é longe do outro e da relação que existe nisso.
A distância é dura.
É vazia, e enche-se tão rapidamente como se esvai.
A distância já me fez mais medo do que hoje.

Sinto a tua falta
Sei que sentes a minha falta também.
Quero-te...

04 novembro 2009

Paladar

Gosto de ti.
Mas conheci uma pessoa que diz que gosta de mim.
Que me pisca o olho, que diz que sou bonita e inteligente, que me escreve com saudades, que sente falta da minha alegria, assim, simplesmente, como tu fazias há muito tempo atrás.
Que me fala da vida dele, dos seus receios e vitórias, do seu presente e passado. Que me conta os livros que leu e os autores que aprecia e odeia, os concertos ou espectáculos a que foi ou pensa ir, os eventos em que esteve presente e as exposições que visitou. Eu sorrio e aceno com a cabeça, consciente que já não sei falar de coisas que deixei para trás há muito tempo.
Que me diz que basta eu dar o sinal.
Quero ficar contigo, mas hoje vou prová-lo e ver a que é que ele sabe.

03 novembro 2009

um dia normal em código

- 1 PIN para o telemóvel pessoal;
- 1 PIN para o telemóvel do trabalho;
- 1 password para acesso ao computador pessoal;
- 1 PIN para acesso à net;
- 1 password para acesso ao computador do trabalho;
- 1 password para a primeira pasta do outlook do trabalho;
- 1 password para a segunda pasta do outlook do trabalho;
- 1 nome de utilizador para um mail pessoal;
- 1 password para esse mail pessoal;
- 1 nome de utilizador para outro mail pessoal;
- 1 password para esse outro mail pessoal;
- 1 password para o facebook;
- 1 password para o banco online;
- 1 código de segurança para o banco on line;
- 1 PIN para o multibanco;
- 1 PIN para o cartão de crédito;
- 1 nome de utilizador para o continente on line;
- 1 password para o continente on line;
- 1 nome de utilizador para uma ferramenta de trabalho;
- 1 código para essa ferramenta de trabalho;
- 1 nome de utilizador para outra ferramenta de trabalho;
- 1 código para essa outra ferramenta de trabalho;
- 1 nome de utilizador do oito e coisa;
- 1 password do oito e coisa;
- 1 nome de personalidade múltipla;
- 1 password de personalidade múltipla;
- 1 nome de utilizador do sitemeter;
- 1 código de acesso ao sitemeter;
- 9 post it no outlook com mais outros tantos códigos e utilizadores para as coisas que uso menos.

"por razões de segurança actualize frequentemente os seus códigos de segurança e a sua password". "por razões de segurança nunca revele o seu código". "para evitar roubos de identidade, actualize a sua password para um nível de segurança mais elevado" . "a sua password vai expirar dentro de 5 dias. altere-a já.".

Quem me dera não ser agnóstica

- Quem são a mãe e o pai de Deus?
- Hum... (pausa para ganhar tempo)
- Deus nasceu do nada, mãe?

02 novembro 2009

fim do dia

Chego a casa, corro para a casa de banho onde agradeço o alivio corporal do chichi que de mim se desprende generosamente. Lavo as maos, começo a recolher tudo o que está fora do lugar enquanto vou adiantando o jantar, lavo a louça, dou banho à filha, visto-a, brinco às cowgirls, termino o jantar, ponho a mesa, revejo as facturas, vou espreitando o email, jantamos, insisto lava os dentes e faz chichi enquanto levanto a mesa e lavo os pratos, conto uma história, abro bem os olhos para nao adormecer e, já bem avançada a noite, por fim liberto-me, tiro o soutien, coloco-o junto aos outros dois ou três que se acumulam na prateleira ao lado do computador e começo a imaginar os post que nunca escreverei.

spiderman theme lyrics

Spiderman, Spiderman,
Does whatever a spider can
Spins a web, any size,
Catches thieves just like flies
Look Out!
Here comes the Spiderman.

Is he strong?
Listen bud,
He's got radioactive blood.
Can he swing from a thread
Take a look overhead
Hey, there
There goes the Spiderman.

In the chill of night
At the scene of a crime
Like a streak of light
He arrives just in time.

Spiderman, Spiderman
Friendly neighborhood Spiderman
Wealth and fame
He's ingnored
Action is his reward.

To him, life is a great big bang up
Whenever there's a hang up
You'll find the Spider man.

01 novembro 2009

O último dos Lobos

Foi-se António Sérgio. O Toni. O "tio" como lhe chamávamos. Foi ele que impulsionou a minha banda de originais aqui há uma década atrás (já??!!), foi a convite dele que fiz dois dos concertos mais giros que dei na vida no também já extinto Ritz Club, estive com ele duas vezes na rádio comercial, uma delas para promover a minha banda Woodstone, e a outra inserida numa homenagem a Led Zeppelin em conjunto com a sua mulher, Ana cristina, Álvaro Costa, Nuno Calado e António Freitas, das duas vezes, para o programa de autor mais marcante da última década, "A hora do Lobo". Foi uma voz quente que dava alento em muitas noites onde só o rádio no carro zumbia, foi uma descoberta e fez-me descobrir como a tantos outros, criações musicais de excelência perdidas por aí e habitualmente fora das playlists impostas. Foi um amigo de passagem, foi um momento na minha vida, foi um mentor em tantos aspectos que não só o musical e foi o último dos lobos. Hoje foi um dia triste.